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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Chirographum "Laetamur vehementer" ad Praefectum Apostolatus nostri de XXI anniversario diei natalis eius


Dominus Vobiscum
Apostolatus

Venerabili fratri nostro in Christo Anderson Barcelos 
Seminaristae Archidioecesis Portalegrensis et
Praefecto Apostolatus nostri
Occasione XXI anniversarii diei natalis eius


Venerabilis frater,

Laetamur vehementer et canticum laudis in Dominum ascendimus quia hodie, dum Ecclesia toto orbe terrarum latini ritus festivitatem Visitationis Beatae Mariae Virginis ad Elisabetam celebrat, nos, fratres tui in apostolatu, vitae tuae donum occasione XXI anniversarii diei natalis tui celebramus.

Deo etiam gratias agimus pro fidelitate tua apostolatui nostro dicata ab quando, propter circunstantias diversas, super te curae de eo cadunt. Simul Deus ipsum supplicamus pro te ut haec fidelitas tua sit semper vera et invicta.

Ergo, frater praedilecte in Christo, laetantes tecum hodie augurium nostrum ad te mittimus suplicantes  Dominum a intercessione Beatae Mariae Virginis, Patronae Archiodiocesis et Oppidi Portalegrensis sub titulo "Madre de Deus" appellatae, tibi benedictiones copiosas semper tribuere. 


Die XXXI mensis maii - in Festivitate  Visitationis Beatae Mariae Virginis ad Elisabetam - anno Domini MMXIV.


      Sem. Æraldus de Souza Leão Filius 
Sem. Mathia Barbosa
Sem. Mathia Kerches

_______________________________________
TRADUÇÃO: 
Apostolado Dominus Vobiscum ao nosso Venerável Irmão em Cristo Anderson Barcelos, Seminarista da Arquidiocese de Porto Alegre e Dirigente do nosso Apostolado, por ocasião do seu 21º aniversário natalício.
Venerável irmão, alegramo-nos veementemente e elevamos ao Senhor um cântico de louvor porque hoje, enquanto a Igreja em todo o orbe das terras de rito latino celebra a festividade da Visitação da Bem Aventurada Virgem Maria a Isabel, nós, teus irmãos no Apostolado, celebramos o dom da tua vida por ocasião do teu 21º aniversário natalício.
A Deus ainda damos graças pela tua fidelidade dedicada ao nosso apostolado desde quando, por circunstâncias diversas, os cuidados acerca dele caíram sobre ti. Simultaneamente suplicamos ao Senhor em teu favor para que esta tua fidelidade seja sempre verdadeira e invencível.
Portanto, irmão predileto em Cristo, alegrando-nos contigo hoje enviamos-te a nossa saudação suplicando ao Senhor por intercessão da bem Aventurada Virgem Maria, Patrona da Arquidiocese e da Cidade de Porto Alegre invocada sob o título de "Madre de Deus", que te tribute sempre bênçãos copiosas.
No dia 31 do mês de maio - na Festividade da Visitação da Bem Aventurada Virgem Maria a Isabel - no ano do Senhor 2014.
Sem. Eraldo de Souza Leão Filho, Sem. Mateus Barbosa, Sem. Mateus Kerches.  

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Há 40 anos: um santo no Brasil


Completa-se hoje quarenta anos da histórica visita do fundador do Opus Dei ao Brasil: Josemaria Escrivá chegou em São Paulo na noite do dia 22 de maio e aqui permaneceu até 07 de junho de 1974. 

I. Um burrico Sarnento no Brasil

Os trabalhos apostólicos do Opus Dei no Brasil iniciaram em 1957, apenas vinte e nove anos depois da fundação do grupo, na Espanha. Era desejo de seu fundador, Monsenhor Josemaria Escrivá de Balaguer estar presente a seus filhos e a Obra, que já em 1974 estava espalhada por 32 países. 

Aos 71 anos de idade o padre - como era e permanece sendo chamado pelos que participam do Opus Dei - iniciou uma jornada de visitas apostólicas à América Latina. Por duas semanas ele permaneceu no Brasil e depois seguiu viagem pela Argentina, Chile, Peru, Equador e Venezuela. 

Foi pensando na sua idade  - que já seguia avançada -  e na saúde fragilizada que preparam uma agenda bastante simples, na qual permitiriam ao padre descansar e rezar muito, enquanto estivesse por aqui. No momento em que lhe apresentaram ele a recusou dizendo: "mas isso não é trabalho: isto é alegria grande, isto é descanso. É estar bem demais!”

O "Burrico Sarnento", como se definia Josemaria, queria estar com os seus e aproveitar o tempo para desenvolver um apostolado fecundo junto de todas as almas. 

II. Uma alma que arrastava o corpo

São Josemaria chegou ao Brasil acompanhado de seu Confessor e Secretário Particular, Alvaro Del Portillo (que será canonizado em setembro) e do atual Prelado da Obra, Javier Echevarría. Havia em São Paulo naquele época um numerário - José Luiz - que há anos ocupava o cargo de chefe do serviço de eletromiografia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Lá solicitou a um colega seu que acompanhasse os resultados de certos exames do padre. Esse, depois de examinar os dados, disse-lhe:

– Com certeza esse senhor deve estar prostrado na cama, sem poder-se mexer...


José Luis riu e retrucou, com uma expressão muito sua:

– No..., no! Não pára de trabalhar, de falar em público, e de andar de um lado para outro. Está tão ágil de corpo e de espírito como um jovem de trinta anos...

Álvaro del Portillo já fazia tempo que ficava assombrado ao ver como, segundo nos dizia, “a alma do Padre arrastava o corpo”. E o “arrastava” de uma maneira humanamente inexplicável. De fato a saúde do padre era fraca, o diabetes, mesmo tendo desaparecido, deixou-lhe como sequela uma insuficiência renal, com os conseqüentes riscos cardíacos e respiratórios. Nessas condições, uma simples bronquite poderia significar um perigo grave.

III. A primeira viagem de helicóptero 

Já em 23 de maio, no primeiro dia transcorrido no Brasil, Mons. Escrivá manifestou o seu desejo de fazer, em alguma igreja próxima, a romaria que tradicionalmente todas as pessoas do Opus Dei fazem, no mês de Maria, a um santuário, igreja ou capela dedicados a Nossa Senhora. O Padre Xavier, (Ou "Doutor Xavier", que hoje seria o Vigário Regional para o Brasil) sem pedir nem sugerir nada, teceu os louvores do Santuário de Aparecida, falando desse foco intenso de devoção, meta de incontáveis romarias vindas de todos os cantos do país. O Padre adivinhou o “pedido” implícito, e respondeu: – “Farei o que você quiser”, o que, traduzido, significava: – “Vamos a Aparecida, se assim você o quiser”.

Então, o pe. Xavier ousou expor uma sugestão complementar. Dois bons amigos, cooperadores da Obra, donos de uma empresa de fumigação aérea para a lavoura, haviam-se prontificado a deixar à disposição de Mons. Escrivá um helicóptero da companhia, um aparelho francês a jato – um Gazelle –, rápido e estável. Será que o Padre gostaria de ir a Aparecida por ar?

– “Por que não? – foi a resposta tranqüila – Farei o que você quiser”.

Uma vez aceito o plano, não demoraram muito a ser acertados o dia e a hora da viagem. Seria a primeira vez na vida em que São Josemaria voaria num helicóptero. A data escolhida foi 28 de maio. Partiriam do aeroporto do Campo de Marte às dez da manhã. 

Efetivamente, antes das dez horas desse dia, o Padre foi recebido no Campo de Marte, com grande amabilidade, pelos dois cooperadores – Sérgio e Luis Cláudio – com as suas respectivas esposas, outros dois casais amigos e o afabilíssimo comandante Simões.

Na pequena sala de espera, iniciou-se imediatamente uma cordial tertúlia, um diálogo ameno, descontraído, sobrenatural e bem-humorado entre o Padre e seus anfitriões aeronáuticos, com predomínio das vozes femininas, cada vez mais empolgadas com as coisas tão claras e sugestivas que aquele sacerdote lhes comentava sobre a família, o amor humano, a formação dos filhos, o Brasil ... 

Todos eles guardaram a lembrança daqueles momentos para o resto da vida (vários dos que lá estavam, passados os anos, me contaram e recontaram esse encontro muitas vezes!). E todos se recordam também da aflição com que a cada quinze minutos, a cada meia hora, a cada hora, seus corações se apertavam, porque chegavam notícias de que o helicóptero atrasara, e sabiam que, desde cedo, uma multidão tinha ido por estrada a Aparecida e lá estava aguardando o Padre para rezar com ele. Os comunicados informado que, por circunstâncias imprevistas, o helicóptero ainda demoraria caíam como uma sombra. Não se sabia quando conseguiria pousar.

O mais interessante, porém, dessas horas de aperto, é que todos os que lá se achavam lembram-se bem da paz, da serenidade, do sorriso – sem o menor sinal de contrariedade ou de impaciência – , com que Mons. Escrivá tomava conhecimento dessas informações. Não dava a menor importância ao atraso para não afligi-los. Mais: fazia questão de intensificar a cordialidade, o humor e a vibração apostólica da sua conversa.

Inicialmente, o almoço desse dia deveria ser ao regressar de Aparecida. Mas, como não pudera haver ainda a “ida”, resolveu-se que o Padre voltaria a casa, para lá almoçar, à espera de que, do Campo de Marte, ligassem avisando que o helicóptero já tinha pousado. Mal ia entrando pelo portão, os que lá o aguardavam viram-no sorrir, alegre, enquanto lhes dizia: –“O homem propõe, e Deus dispõe!”. E aquele almoço improvisado foi outro grande momento de bom humor e de detalhes simpáticos para com todos, sem nenhuma alusão ao contratempo. O Padre não queria que, naqueles seus filhos que haviam organizado a romaria, ficasse a menor sombra de desgosto ou constrangimento.

Assim, o dia das nossas “aflições” ofereceu-nos o retrato de uma alma esquecida de si mesma, de uma alma abandonada nas mãos da Providência e inteiramente voltada para o bem e a alegria dos outros. 

Ao refletir sobre esse sucesso, veio-me espontaneamente à memória algo que ouvi o Padre comentar, quando eu estava em Roma: – “Muitos dias, ao fazer o exame de consciência à noite, tenho que dizer a Jesus: Senhor, se não pensei em mim; se só pensei em Ti e nos outros!”

IV. Um santo em Aparecida do Norte


Terça-feira: 28 de maio de 1974 Josemaria foi até ao santuário da padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Quando descia as escadas, uma senhora adiantou-se e entregou-lhe um ramo de rosas brancas: “São para Nossa Senhora”, disse o Padre, pegando nelas. Posteriormente, entrou na basílica, onde centenas de pessoas o esperavam para acompanhá-lo na recitação do terço. O fundador do Opus Dei se ajoelhou-se no chão do presbitério e começou-se a rezar, em português, o Terço.

Com o olhar fixo na pequena imagem, São Josemaria respondia em voz baixa às orações. Pausadamente, em uníssono, toda a igreja rezava em voz alta. Quando terminou, o fundador do Opus Dei levantou-se e rodeou o altar pelo lado direito, para subir até ao camarim de Nossa Senhora Aparecida. Olhou uns instantes a Virgem e beijou o escudo enquanto dizia em voz baixa: “Mãe!”. 

As rosas ficaram aos pés da imagem. No dia seguinte, comentou: "Com que alegria fui à Aparecida! Com que fé rezáveis todos! Eu dizia à Mãe de Deus, que é Mãe vossa e minha: Minha Mãe, Mãe nossa, eu rezo com toda esta fé dos meus filhos. Queremos-Te muito, muito. E parecia-me escutar, no fundo do coração: com obras!"


Hoje no chamando Santuário Velho se conserva uma imagem da madeira de São Josemaria, posta lá - em 08 de novembro de 2012 - para recordar sua visita aquele santuário mariano.



Durante os 17 dias que permaneceu em nosso país São Josemaria desenvolveu atividades apostólicas que produziram frutos em diversas almas. Na Catedral da Sé de São Paulo foi colocada, em junho de 2012, uma imagem do santo que recorda sua estadia entre nós. 

No Brasil o Burrico Sarnento deu testemunho de sua fé inquebrantável, de sua confiança em Deus, de seu devotamento a Maria Santíssima e de sua entrega total as almas. Josemaria faleceu pouco mais de um ano depois de sua visita ao nosso país, mas, morreu dizendo: "O Brasil: uma mãe grande, que abre os braços a todos e a todos chama filhos". 



Adaptado do livro «São Josemaria Escrivá no Brasil, esboços do perfil de um santo», Francisco Faus, "Editora Quadrante", São Paulo, 2007.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Arcebispo Emérito Dom Altamiro Rossato, Mons. Lorenzatto e Côn. Jotz falecem no dia de hoje em Porto Alegre

A Arquidiocese de Porto Alegre está em luto: num mesmo dia, 13 de maio de 2014, 
faleceram três grandes homens na história desta Igreja Particular: 

Dom Altamiro Rossato, CSsR, Mons. Antônio Domingos Lorenzatto e Côn. Edgar Jotz. 

Da esquerda para a direita: Mons. Lorenzatto, Dom Altamiro Rossato e Côn. Jotz.


Durante a madrugada o quinto Arcebispo Metropolitano, Dom Altamiro Rossato entregou sua alma Deus, na idade de 88 anos. Ao amanhecer, o sacerdote mais velho daquele clero foi chamado à contemplar a face de Pai: Mons. Antônio Domingos Lorezantto morreu ao 93 anos. E, no findar do dia, foi anunciada a junção do Cônego Edgar Jotz, com 84 anos, aos irmãos no sacerdócio, rumo a Casa do Pai.

Dom Altamiro: O missionário que virou professor, o professor que virou Bispo! 

O prelado faleceu por volta das 04 horas de hoje, 13 de maio, no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, onde estava internado. 


Aos 88 anos de idade Altamiro foi vítima de uma série de complicações respiratórias e faleceu em decorrência de muitos problemas de saúde, adquiridos ao longo dos anos.






Nascido em Tuparendi, no interior do Rio Grande do Sul, em 23 de junho de 1925, muito cedo ingressou e foi membro da congregação do Santíssimo Redentor, os redentoristas. Como filho de Santo Afonso Maria de Ligório foi ordenado sacerdote em 27 de dezembro de 1951 


No ano seguinte, 1952, bacharelou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino (Angelicum), em Roma. Nesta mesma universidade, em 1953, fez o Mestrado e o Doutorado em Filosofia. Em 1955, ainda no Angelicum, tornou-se Mestre em Teologia, e no Instituto de Espiritualidade de Santo Tomás, em Roma, doutorou-se em Espiritualidade.


Durante toda a sua vida foi professor, costuma dizer: “Queria ser missionário e por isso entreguei numa congregação de missionários. Quando me acostumei com a ideia de ser catedrático e até estava gostando me fizeram Bispo”. 


Em 2 de março de 1986 foi ordenado para a Diocese de Marabá, no Pará, em sucessão a Dom Frei Alano Maria Pena, OP. Lá permaneceu 1989 quando então foi elevado a dignidade de Arcebispo, como coadjutor em Porto Alegre com direito a sucessão. Em 17 de julho de 1991 sucedeu a Dom João Cláudio Colling como V Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre, em cerimônia que aconteceu na Catedral Metropolitana Madre de Deus. 


Guiou a vasta Arquidiocese da capital gaúcha por 10 anos. Durante este período reorganizou a pastoral, através do IX Plano de Pastoral da Arquidiocese de Porto Alegre, iniciado por seu intercessor, e teve a missão de guiar esta porção do povo de Deus no início do novo milênio, para tal foi um grande promotor das missões populares, no ano santo de 2000. 

À esquerda está Dom Dadeus Grings, Arcebispo Emérito e sucessor direto de Dom Altamiro que está ao centro, e à direita se encontra o atual Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler.


Seu lema episcopal: “Fiat Voluntas tua” revela o desejo de sempre e em tudo ter feito a vontade de Deus que o chamou. Hoje rezemos pedindo que o Senhor acolha este servo fiel e se digne conceder-lhe a coroa do justo juiz! 


Seu velório inicia hoje a tarde na Catedral Metropolitana, no centro de Porto Alegre. Amanhã cedo, às 09h30min haverá missa de exéquias, seguida do sepultamento que será no interior da igreja Catedral.

Mons. Antônio: o cerimoniário e historiador!

Monsenhor Antônio Domingos Lorenzatto Nasceu aos 13 de junho de 1920 na cidade gaúcha de Guaporé. Inicialmente foi seminarista da Companhia de Jesus, os jesuítas, mas, acabou por transferir-se para o clero secular e frequentou, desde 1939, o Seminário Menor São José de Gravataí, inaugurado um ano antes, em 19 de março de 1938. 

Em 30 de novembro de 1947 foi ordenado sacerdote na capela daquele mesmo Seminário por Dom Alfredo Vicente Scherer, mais tarde Cardeal da Santa Igreja. Vicente havia sido sagrado Bispo há poucos meses e chamava a Mons. Antônio e seus colegas de "filhos primogênitos na ordem sacerdotal". 


Sua vida e seu ministério estiveram intimamente ligados ao Seminário de Gravataí e a Dom Vicente. Durante os dois anos imediatos a sua ordenação presbiteral residiu no antigo Palácio Arquiepiscopal, que havia na Rua Mostardeiro, e ocupava a função de secretário-particular do Sr. Arcebispo. 


Após sua renúncia ao governo pastoral de Porto Alegre, em 1981, o Cardeal Vicente Scherer passou a residir junto ao Hospital Divina Providência, onde Mons. Antônio era capelão. Novamente o padre exerceu a função de secretário particular do purpurado até sua morte em 8 de março de 1996, quando - segundo contava o próprio padre - "eu lhe fechei piedosamente os olhos". 


Durante o ano de 1950 o Arcebispo decidiu retirar os jesuítas da guia do seu seminário menor e enviou para lá um grupo de sacerdotes diocesanos, ao distinto grupo formado por Côn. Edmundo Muller, Pe. Afonso Schmidt, Pe. Atílio Fontana, Pe. João Wagner, Pe. Ruben Neis, Pe. Paulo Scopel, Pe. Waldemar Puhl, Pe. Sérgio Raupp, Pe. Antônio Guilherme Grings, Pe. Egelberto Hartmann, Pe,. Luiz Weber se somou o jovem Padre Antônio Domingos Lorenzatto. Lá lecionou História Geral, Latim, Geografia e Ensino Religioso. Neste período foi professor de inúmeros seminaristas, dentre eles alguns Bispos Dom José Mário Stroeher, Dom Paulo Antônio de Conto, Dom José Clemente Weber, Dom Sinésio Bohn, Dom Gentil Delazari e Dom Dadeus Grings


Durante sua vida foi ainda o grande Cerimoniário da Arquidiocese de Porto Alegre, nos episcopado de Dom Claudio Colling e do hoje falecido Dom Altamiro Rossato, que em 23 de fevereiro de 1971 o nomeou para atender a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e o Hospital Divina Providência como capelão. 


Em 1980, recebeu o título de Cônego Titular do Cabido Metropolitano de Porto Alegre. A Santa Sé, em 1984, conferiu a ele o título de Monsenhor prelado de honra de Sua Santidade. Em 1999 tornou-se Prior da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém


Mons. Lorenzatto preside a Santa Missa no Seminário Maior da Arquidiocese de Porto Alegre

Em 2010 foi transferido para o Lar Sacerdotal da Arquidiocese de Porto Alegre, onde residem os padre idosos e doentes, junto ao Seminário Menor São José, na cidade de Gravataí, onde sua caminhada vocacional começou.

Rendemos graças a Deus por este grande sacerdote gaúcho que hoje entrega sua alma a Deus. Seu corpo será velado na capela do Seminário Menor e amanhã será levado para a Catedral Metropolitana de Porto Alegre, onde junto do féretro de Dom Altamiro se celebrará missa de exéquias, seguida de sepultamento na Gruta de Nossa Senhora de Lourdes. 

Cônego Edgar Jotz

Nascido em 19 de novembro de 1929 em Alto Feliz. Realizou seus estudos na Arquidiocese de Porto Alegre, e foi ordenado sacerdote em 09 de dezembro de 1956. O cônego foi muito conhecido ao longo de seu ministério pelo amplo engajamento social que teve na cidade de Porto Alegre.

Em inúmeras oportunidades organizou eventos de apoio as questões sociais, envolvendo-se em questões ligadas ao meio ambiente, saúde e educação. Abrigou estudantes perseguidos pela Ditadura Militar, e sofreu punições militares por tal ato.

Pelas atividades realizadas em nome da sociedade porto-alegrense, no ano de 2006 recebeu o título de Cidadão de Porto Alegre, em ato solene realizado na Câmara Municipal de Vereadores, em 05 de outubro do mesmo ano.

Por mais de 50 anos esteve a frente da Paróquia Santa Cecília, localizada no bairro homônimo na capital sul-riograndense. Em razão dos diversos problemas de saúde, teve grandes dificuldades em exercer com vigor seu ministério e sobretudo, seu gosto especial pela música, sendo um grande organista.

Faleceu na tarde de hoje no Hospital São Francisco, no Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Seu corpo será levado para a Catedral Metropolitana, onde já ocorre o velório do Arcebispo Emérito, Dom Altamiro Rossato.

Amanhã, às 09h30min, serão celebradas na Catedral Metropolitana as exéquias pelo Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre, Dom Jaime Splengler, com missa de corpo presente de Dom Altamiro Rossato, Côn. Jotz e Mons. Lorenzatto.

Após esta missa, o corpo de Côn. Edgar será levado para a Paróquia Santa Cecília, onde ocorrerá nova missa no turno da tarde desta quarta-feira, também presidida pelo Arcebispo, Dom Jaime Splengler.


Requiescant in pace


Atualizado em 13 de maio de 2014, às 17h55min.