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terça-feira, 2 de junho de 2009

Uma Maravilha Católica - Cristo Redentor


O Cristo Redentor é uma estátua localizada na cidade do Rio de Janeiro, a 709 metros acima do nível do mar, no morro do Corcovado. De seus 38 metros, oito estão no pedestal. Foi inaugurado às 19h15 do dia 12 de outubro de 1931, depois de cerca de cinco anos de obras e no dia 7 de Julho de 2007 foi votada como uma das novas sete maravilhas do mundo.


História do Projeto Cristo Redentor

A construção de um monumento religioso no local foi sugerida pela primeira vez em 1859, pelo padre lazarista Pedro Maria Boss, à Princesa Isabel. No entanto, apenas retomou-se efetivamente a idéia em 1921, quando se avizinhavam as comemorações pelo centenário da Independência.

A estrada de rodagem que dá acesso ao local onde hoje se situa o Cristo Redentor foi construída em 1824. Já a estrada de ferro teve seu primeiro trecho (Cosme Velho-Paineiras) inaugurado em 1884. No ano seguinte, 1885, o segundo trecho foi concluido, completando a ligação com o cume. A ferrovia, que tem 3.800 metros de extensão, foi a primeira ser eletrificada no Brasil, em 1906.

A construção do Cristo Redentor ainda é considerada uma dos grandes capítulos da engenharia civil brasileira. O dono do projeto levou sua vida inteira construindo a estátua, que foi construída em pedra-sabão, originária do próprio pico do Corcovado.



Pedra fundamental

A pedra fundamental da estátua foi lançada no dia 4 de abril de 1922, mas as obras somente foram iniciadas em 1926. Dentre outras pessoas que colaboraram para a sua realização, podem ser citados o engenheiro Heitor da Silva Costa (autor do projeto escolhido em 1923), o artista plástico Carlos Oswald (autor do desenho final do monumento) e o escultor francês de origem polonesa Paul Landowski (executor da escultura).

Alguns historiadores especulam que o monumento seria um presente da França para o Brasil em resposta a alguma tentativas de invasão.



Inauguração

Na cerimônia da inauguração no dia 12 de Outubro de 1931, estava previsto que a iluminação do monumento seria acionada a partir da cidade de Nápoles, de onde o cientista italiano Guglielmo Marconi emitiria um sinal elétrico que seria retransmitido para uma antena situada no bairro carioca de Jacarepaguá, via uma estação receptora localizada em Dorchester, Inglaterra. No entanto, o mau tempo impossibiltou a façanha, e a iluminação foi acionada diretamente do local. O sistema de iluminação original foi substituído duas vezes: em 1932 e no ano 2000.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) em 1937, o monumento sobre obras de recuperação em 1980, quando da visita do papa João Paulo II e novamente em 1990. Outro conjunto de obras importantes foi feito em 2003, quando foi inaugurado um sistema de escadas rolantes e elevadores para facilitar o acesso à plataforma de onde se eleva a estátua.


Símbolo

Conhecido como símbolo não só da cidade do Rio de Janeiro, mas também do Brasil, a estátua do Cristo Redentor tem seus direitos de uso comercial pertencentes à Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, embora haja disputa por parte dos herdeiros dos envolvidos na concepção da obra.

Há que se observar, ainda, que a estátua está situada em logradouro público, estando portanto sujeita a ter sua imagem captada pelas lentes dos milhares de turistas que a contemplam e que trasformam este ponto turístico numa verdadeira "torre de Babel".


Santuário católico

Ao completar 75 anos em 12 de outubro de 2006, o Cristo Redentor foi transformado em santuário católico do Brasil. O cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eusébio Oscar Scheid, quer que o local deixe de ser apenas atrativo turístico e se torne local de peregrinação.

Casamentos e batizados também poderão ocorrer aos pés da estátua, de 38 metros de altura, possivelmente a partir do primeiro semestre do ano que vem, após o término de obras que ainda não foram iniciadas. O aniversário foi celebrado com uma missa, a entrega dos prêmios Cristo Redentor. Um deles concedido ao deficiente visual Paulo Bastos, que já escalou o morro do Corcovado, onde fica o monumento.

Para adequar o espaço existente à celebração de ritos católicos a Arquidiocese do Rio de Janeiro utiliza-se da capela de Nossa Senhora Aparecida, na base da estátua.

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