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sábado, 20 de outubro de 2012

Bispo responde porque a fé na China permanece inabalável.

Caríssimos irmãos do Dominus, mediante a "Redescoberta da fé" apartir deste Grande Ano, eis um testemunho firme de uma Igreja que mesmo perseguida ,vive como os primeiros Cristãos. Notamos neste relato os bons frutos do Sacrossanto Concílio Vaticano II, que buscou aproximar dia-a -dia com a ajuda do Espírito Santo à Igreja com a primeira comunidade Cristã.

"NA IGREJA CHINESA, OS LEIGOS SÃO MAIS FERVOROSOS DO QUE OS PADRES"


Bispo de Fengxiang envia mensagem para o Sínodo dos Bispos

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 17 de outubro de 2012 (ZENIT.org) - Na abertura da décima terceira congregação do Sínodo dos Bispos, em 16 de outubro de 2012, o secretário geral do sínodo, dom Nikola Eterovic, leu uma mensagem de dom Lucas Ly Jingfeng, 90 anos, bispo da diocese chinesa de Fengxiang, libertado em 1979 depois de vinte anos de prisão durante a revolução cultural na China.
Ly Jingfeng nasceu em 1922. Ordenado sacerdote em 1947, foi consagrado bispo em 1980, de modo legítimo e reconhecido pelo governo chinês em 30 de agosto de2004. Adiocese de Fengxiang está localizada no centro da província de Shaanxi. Atualmente, conta com 20 mil católicos.
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Reverendíssimos e Excelentíssimos Padres da XIII Assembleia Geral do Sínodo,
Quero me unir ao seu privilégio de participar no Sínodo e prestar homenagem ao túmulo de São Pedro. Lamento muito que suas excelências não possam ouvir nenhuma voz da Igreja chinesa. Desejando compartilhar pelo menos algumas palavras com suas excelências, e especialmente com o nosso papa Bento XVI, estou lhes enviando hoje esta breve mensagem.
Quero dizer que a nossa Igreja na China, especialmente os leigos, manteve até agora a piedade, a fidelidade, a sinceridade e a devoção dos primeiros cristãos, apesar de ter suportado cinquenta anos de perseguição. Quero acrescentar que rezo intensamente e constantemente a Deus Todo-Poderoso para que a nossa compaixão, a nossa fidelidade, a nossa sinceridade e a nossa devoção sanem a indiferença, a infidelidade e a secularização que surgiram no exterior, por causa de uma abertura e de uma liberdade sem freios.
No Ano da Fé, nas suas discussões sinodais, suas excelências podem indagar por que a nossa fé na China foi preservada inabalável até hoje. É como disse o grande filósofo chinês Lao Tse: "Assim como a calamidade gera prosperidade, também o conforto esconde a calamidade". Nas igrejas fora da China, a tibieza, a infidelidade e a secularização dos fiéis infectaram muitos clérigos. Já na Igreja chinesa, os leigos são mais fervorosos do que o próprio clero. Será que a piedade, a fidelidade, a sinceridade e a devoção dos leigos chineses cristãos não poderia sacudir os clérigos estrangeiros?
Eu fiquei profundamente comovido com o lamento do papa Bento XVI: "Como sabemos, em vastas áreas do mundo a fé corre o perigo de se apagar, como uma chama que não é mais alimentada. Estamos diante de uma profunda crise de fé, de uma perda do sentido religioso, que constitui o maior desafio para a Igreja de hoje. A renovação da fé deve ser a prioridade no compromisso de toda a Igreja nos nossos dias" (Discurso do Santo Padre Bento XVI aos participantes da Assembleia Plenária da Congregação para a Doutrina da Fé, 27 de janeiro de 2012).
Eu acredito, porém, que a nossa fé de cristãos chineses pode consolar o papa. Não mencionarei a política, que é sempre transitória.
(Trad.ZENIT)

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