Em 1937 foi nomeado assistente do Cardeal Pacelli, que então desempenhava o cargo de Secretário de Estado. Neste posto de serviço, Monsenhor Montini prestaria um valioso apoio na ajuda que a Santa Sé brindou a numerosos refugiados e presos de guerra. Em 1944, já sob o pontificado de Pio XII, foi nomeado diretor de assuntos eclesiásticos internos e oito anos mais tarde, pró-secretário de Estado. Em 1954, o Papa Pio XII o nomeou Arcebispo de Milão. O novo Arcebispo haveria de enfrentar muitos desafios, sendo o mais delicado de todos o problema social. Entregando-se com grande energia ao cuidado do rebanho que se lhe confiava, desenvolveu um plano pastoral que teria como pontos centrais a preocupação pelos problemas sociais, a aproximação dos trabalhadores industriais à Igreja e a renovação da vida litúrgica. Pelo respeito e confiança que soube ganhar por parte da imensa multidão de operários, Montini seria conhecido como o "Arcebispo dos operários".
Em dezembro de 1958 foi escolhido Cardeal por João XXIII que, ao mesmo tempo, lhe outorgou um importante rol na preparação do Concílio vaticano II ao nomeá-lo seu assistente. Durante estes anos, prévios ao Concílio, o Cardeal Montini realizou algumas viagens importantes: Estados Unidos (1960); Dublin (1961); África (1962).
Pontificado
O Cardeal Montini contava com 66 anos quando foi eleito sucessor do Pontífice João XXIII, em 21 de junho de 1963, tomando o nome de Paulo VI. Três dias antes de sua coroação, realizada em 30 de junho, o novo Papa dava a conhecer a todos os programa de seu pontificado: Seu primeiro e principal esforço se orientava à culminação e posta em marcha ao grande Concílio, convocado e inaugurado por seu predecessor. Além disto, o anúncio universal do Evangelho, o trabalho em favor da unidade dos cristãos e do diálogo com os não crentes, a paz e solidariedade na ordem social - esta em escala mundial mereceriam sua especial preocupação pastoral.
O Papa Paulo VI e o Concílio
O pontificado de Paulo VI está profundamente vinculado ao Concílio Vaticano II, tanto em seu desenvolvimento como na imediata aplicação. Em sua primeira encíclica, a pragmática Ecclesiam suam, publicada em 1966 ao finalizar a segunda sessão do Concílio, estabelecia que eram três os caminhos pelos que o Espírito Santo lhe impulsionava à conduzir a Igreja, respondendo aos "ventos de renovação" que desenrolavam as velas da barca de Pedro. Dizia ele mesmo no dia anterior à publicação de sua encíclica Ecclesiam suam: "O primeiro caminho é espiritual; se refere à consciência que a Igreja deve ter e fomentar de si mesma. O segundo é moral; se refere à renovação ascética, prática, canônica, que a Igreja necessita para dispôr-se à consciência mencionada, para ser pura, santa, forte, autêntica. E o terceiro caminho é apostólico; o temos designado com termos hoje em voga: o diálogo; quer dizer, se refere este caminho ao modo, a arte, ao estilo que a Igreja deve infundir em sua atividade ministerial no concerto dissonante, volúvel e complexo do mundo contemporâneo. Consciência, renovação, diálogo, são os caminhos que hoje se abrem ante à Igreja viva e que formam os três capítulos da encíclica".
Fonte bibliográfica: http://www.paginaoriente.com/santos/paulovipapa.htm
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