Por Seminarista Ânderson Barcelos Martins
A Cúria Romana é o conjunto de órgãos e pessoas que
auxiliam o Papa no governo da Igreja, tanto na ordem espiritual quanto
material. Este nome foi usado pela primeira vez no século XII, mas a sua
realidade data dos primeiros séculos da Igreja. Já em meados do século III as
crônicas relativas ao Papa Fabiano (236-250), mostram que ele tinha, como
auxiliares, Bispos, presbíteros e diáconos.
No século XVI, em 1588, a Cúria foi estruturada na
forma que tem hoje, sofrendo reformas com o passar do tempo.
Até 1870 havia o vasto território dos Estados
Pontifício, então o Bispo de Roma necessitava de muitos colaboradores que
exercessem a gestão temporal do estado. Com
a queda do Estado Pontifício sob os golpes do reino da Itália, alguns órgãos
perderam a razão de ser, e a Cúria foi reformada pelo Papa São Pio X, através
da Constituição Sapienti Consilio. Foram extintos todos os órgãos e Ofícios
destinados a tratar de assuntos políticos do Vaticano
Em 1967, dois anos depois de encerrado o Concílio
Vaticano II, o Papa Paulo VI, através da Constituição Apostólica Regimini
Ecclesiae Universae, reformou mais uma vez a Cúria, adaptando- as às
novas exigências oriundas do Concílio.
Finalmente, em 1988, o Papa João Paulo II, através
da Constituição Pastor Bônus, refez a organização da Cúria. Na ocasião, o Papa
disse as palavras:
A Igreja hoje se vê
diante de tarefas de extensão, importância e variedade talvez nunca atingidas
outrora... Que a Cúria correspondesse fielmente à Eclesiologia do Concílio
Vaticano II, fosse adaptada em tudo à missão pastoral da Igreja e capaz de ir
ao encontro das necessidades concretas às sociedades religiosa e civil.
A organização e o governo da Igreja são diferentes
das organizações de demais governos dos outros países, pois a Igreja não é uma
instituição apenas humana. Foi instituída por Cristo, que é a Sua Cabeça; logo,
seu governo foi definido pelo próprio Senhor, que a quis governada por Pedro
(Mt 16, 16-19; Lc 22, 31; Jô 21, 15-17), que goza da assistência do Espírito Santo
(Jo 14, 26; Jo 16, 13 -15) para não permitir que o depósito da fé se corrompa
com o erro.
A atual organização da Cúria Romana e dos
Principais colaboradores de Bento XVI é assim:
Cardeal Tarcísio Bertone, SDB (Itália, 1934),
Secretário
de Estado de Sua Santidade.
Arcebispo Giovanni Ângelo Becciu (Itália, 1947),
Substituto da Secretaria de Estado.
Arcebispo Dominique Mamberti (França, 1952),
Secretário para as Relações com os Estados.
Congregações:
Arcebispo Gerhard Ludwig Müller (Alemanha, 1948),
Prefeito
da Congregação para a Doutrina da Fé.
Cardeal Leonardo Sandri (Argentina, 1943),
Prefeito
da Congregação para as Igrejas Orientais.
Cardeal Antonio Cañizares Llovera (Espanha, 1945),
Prefeito da Congregação para
o Culto Divino e a
Disciplina dos Sacramentos.
Cardeal Ângelo Amato, SDB (Itália, 1938),
Prefeito
da Congregação das Causas dos Santos.
Cardeal Marc Ouellet (Canadá, 1944),
Prefeito
da Congregação para os Bispos.
Cardeal Fernando Filoni (Itália, 1946),
Prefeito
da Congregação para a Evangelização dos Povos.
Cardeal Mauro Piacenza (Itália, 1944),
Prefeito
da Congregação para o Clero.
Cardeal João Braz de Aviz (Brasil, 1947),
Prefeito
da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida
Apostólica.
Cardeal Zenon Grocholewski (Polonia, 1939),
Prefeito
da Congregação para a Educação Católica.
Tribunais:
Cardeal
Manuel Monteiro de Castro (Portugal, 1938),
Penitenciário Maior.
Cardeal Raymond Leo Burke (USA, 1948),
Prefeito
do Tribunal Supremo da Assinatura Apostólica.
Monsenhor Vito Pio Pinto
Decano da Rota Romana
Monsenhor Vito Pio Pinto
Decano da Rota Romana
Conselhos
Pontifícios:
Cardeal
Stanislaw Rylko (Polônia, 1947),
Presidente
do Pontifício Conselho para os Leigos.
Cardeal Kurt Koch (Suiça, 1950),
Presidente
do Pontifício Conselho para a Promoção da
Unidade dos Cristãos.
Arcebispo Vincenzo Paglia (Itália, 1945),
Presidente
do Pontifício Conselho para a Família.
Cardeal Peter Kodvo Appiah Turkson (Gana, 1948),
Presidente do Pontifício
Conselho para a Justiça e Paz.
Cardeal Antonio Maria Veglió (Itália, 1938),
Presidente
do Pontifício Conselho da Pastoral dos Imigrantes e Itinerantes.
Cardeal Robert Sarah (Guiné Conacri, 1945),
Presidente
do Pontifício Conselho "Cor Unum".
Arcebispo Zygmunt Zimowski (Polônia, 1949),
Presidente
do Pontifício Conselho para a
Pastoral dos Agentes Santiários.
Cardeal Francesco Coccopalmerio (Itália, 1938),
Presidente
do Pontifício Conselho para a
Interpretação dos Textos Legislativos.
Cardeal Jean-Louis Tauran (França, 1943),
Presidente
do Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso.
Cardeal-Protodiácono da Santa Igreja
Cardeal-Protodiácono da Santa Igreja
Cardeal Gianfranco Ravasi (Itália, 1942),
Presidente
do Pontifício Conselho da Cultura.
Arcebispo Claudio Maria Celli (Itália, 1941),
Presidente
do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais.
Arcebispo Rino Fisichella (Italia, 1951),
Presidente
do Pontifício Conselho para a
Promoção da Nova Evangelização.
Outros
Cargos:
Cardeal
Ângelo Sodano (Itália, 1927),
Decano do
Sacro Colégio Cardinalício.
Cardeal Domenico Calcagno (Itália, 1943),
Presidente
da Administração do Patrimônio da Sede Apostólica.
Cardeal Giuseppe Versaldi (Itália,1943),
Presidente
da Prefeitura para os Assuntos Econômicos da Santa Sé.
Arcebispo Jean-Louis Bruguès (França, 1943),
Arquivista
e bibliotecário.
Cardeal Giuseppe Bertello (Itália, 1942),
Presidente
do Governo da Cidade do Vaticano.
Cardeal Angelo Comastri (Itália, 1943),
Vigário
Geral do Papa para o Estado e Cidade do Vaticano.
Arcebispo Nikola Eterovic (Croácia, 1951),
Um comentário:
Fantástico meu caro irmão, parabéns pela matérias! Adorei.
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