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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Há uma verdadeira dicotomia entre a Liturgia de Bento e de Francisco?

A Liturgia é da Igreja, não de Bento ou de Francisco!


Passados um pouco mais de sete meses do início do Pontificado de nosso Pontífice gloriosamente reinante, o Papa Francisco, um ponto me chama a atenção: a Liturgia do Papa Francisco. Não entrarei no mérito da discussão das qualidades e características do Papa Francisco, nem quero compará-lo aos seus veneráveis antecessores.


Vendo as fotos e vídeos da última grande celebração litúrgica pública de Sua Santidade, a Missa na Praça de São Pedro por ocasião da Jornada Mariana, no último dia 13, não se percebe diferença alguma em relação a uma celebração do Papa emérito Bento XVI, por exemplo. Percebe-se uma nítida organização funcional do espaço litúrgico, possibilitando uma melhor celebração dos mistérios de Nosso Senhor. Nota-se que sobre o altar estão dispostos sete castiçais e o Crucifixo voltado para o presidente da assembleia litúrgica, assim como o sólio papal, donde está a cátedra papal e, sob este sólio, um belo e grande Crucifixo voltado para os fiéis da Praça Vaticana a fim de que estes possam contemplar a imagem do Crucificado. Por fim, não podemos esquecer o Brasão papal e, arrisco dizer, que a única “complementaridade” do espaço litúrgico é a imagem da Bem-Aventurada Virgem Maria, ao qual o Sumo Pontífice possui uma filial devoção, próprio de um verdadeiro latino-americano.






















 
   Como já mencionei no início de meu escrito, não quero polemizar ou algo do gênero, mas sim, quero refletir acerca de que não são os paramentos ou uma ideologia litúrgica que regem a vida celebrativa da Igreja de Cristo, mas sim a celebração do mistério pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Há um novo doce Vigário de Cristo na Terra, mudaram-se cargos na venerável Cúria Romana, foram eleitos e nomeados novos bispos e arcebispos, párocos são removidos e transferidos em nossas Dioceses e Arquidioceses, mas a vida sacramental-litúrgica da Igreja não muda, pois Cristo Nosso Senhor não passa. Tudo passa, mas o mistério do Verbo Encarnado permanece o mesmo.































       Assim, parafraseando Bento XVI, a verdadeira Liturgia da Igreja é uma repetição solene de Ritos, com uma sã compreensão da teologia-litúrgica, pois uma verdadeira catequese mistagógica é uma Liturgia bem celebrada. Nesse sentido, a Sagrada Liturgia cumpre o seu objetivo, ou seja, elevar os homens a Deus e trazer Deus mais próximo dos seres humanos. Pensemos um pouco nisto...


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