Hoje, 31 de janeiro, Monsenhor Guido Marini celebra 49 anos de vida. Desde outubro de 2007, é ele o Mestre de Cerimônias Litúrgicas do Sumo Pontífice, tendo servido inicialmente a Bento XVI e agora ao Papa Francisco.
Marini nasceu em Gênova em 1965 e foi ordenado sacerdote pelo Cardeal Giuseppe Siri, em 1989, incardinando-se em sua Arquidiocese natal. Nela serviu como professor e diretor espiritual do seminário, secretário particular de três Arcebispos Metropolitanos, os Cardeais Giovanni Canestri, Dionigi Tettamanzi e Tarcísio Bertone, com este último acumulou ainda o oficio de Cerimoniário Diocesano, mantido pelo seu sucessor o Cardeal Angelo Bagnasco até que o Santo Padre o convocou a Roma.
Guido Marini, como Mestre das Cerimônias Litúrgicas do Sumo Pontífice sucedeu a Dom Piero Marini, ordenado Bispo - com dignidade Arquiepiscopal - em 1998, pelo Beato João Paulo II. Apesar de possuírem o mesmo sobrenome os dois negam qualquer parentesco.
A transferência, segundo conta-se, foi arquitetada pelo então Cardeal Secretário de Estado, Tarcísio Bertone, que quando Arcebispo de Gênova contou com o auxílio de Guido nas celebrações litúrgicas. Piero, o Arcebispo antecessor, teria tomado conhecimento de sua sucessão apenas quando a notícia foi vinculada nos meios de comunicação. Desde então ele ocupa o Conselho para os Congressos Eucarísticos Internacionais.
A atuação de Guido Marini à frente da liturgia papal parecia estar mais de acordo com as preferências de Bento XVI, eleito em 2005. Houve uma mudança significativa na liturgia, que foi ocorrendo de forma gradativa. Costumes e paramentos que há muito estavam guardados foram retomados. O Papa e seu Cerimonário-Mor pareciam querer dizer: não há um antes e depois do Concílio, não existe o conceito pré-conciliar e pós-conciliar. Há uma só a Igreja de Cristo, sob a guia de Pedro.
O Papa, quando ainda Cardeal Ratzinger, já nos falava da "hermenêutica da continuidade" e Guido Marini em sua obra "Misterium Salutis" - Mistério da Salvação, Introdução ao Espírito da Liturgia, de 2010 - nos alerta sobre a necessidade de não repudiarmos as práticas aplicadas antes ou depois do Concílio Vaticano II, como se estivéssemos em uma guerra branca.
Contrariando tudo o que a "grande e sensacionalista mídia blogueira" católica afirmou sobre as relações de Francisco e de Guido o Monsenhor se mantém no ofício litúrgico. Houve sim, não podemos negar, uma mudança no que chamamos "estética litúrgica", entretanto, o espírito e a nobreza das celebrações papais se mantém o mesmo.
Guido, sobretudo nos primeiros dias do pontificado de Francisco, foi e é um esteio para o Papa. Vemos que inúmeras vezes, mesmo durante as celebrações, o Pontífice aconselha-se e toma orientações com seu cerimoniário. Para o Papa o protocolo vaticano ainda é um pouco novo e na busca do êxito, Guido Marini desempenha um papel fundamental ao qual Francisco será sempre grato.
Nós, de longe e de perto, também agradecemos a Monsenhor Guido Marini, Protonotário Apostólico, por seu trabalho a frente das celebrações litúrgicas pontifícias! O empenho em nos fazer penetrar nos mistérios de Cristo e sua busca para que compreendamos que a Igreja é uma só, sem divisões cronométricas ou conciliares.
Que Deus o abençoe, Mons. Guido! Feliz Aniversário!
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