Neste 27 de abril, a Igreja se alegra, no mundo inteiro, pela canonização de dois grandes Sumos Pontífices: São João XXIII e São João Paulo II, que cumpriram com grande fidelidade a sua missão de “doce Cristo na Terra”. Isso se deve à profunda comunhão com o Senhor pela qual eram distinguidos e que lhes possibilitou tornarem-se luzes a iluminar o caminho da Igreja nestes tempos.
Se atentamos às figuras destes dois Sucessores de Pedro que hoje são apresentados como modelos de santidade, perceberemos quantos paralelos existem entre ambos, apesar de suas peculiaridades. João XXIII foi eleito já com 78 anos, para um pontificado curto que durou pouco menos de 5 anos. Era um homem simples que expressava bondade e pureza através de seus gestos e de suas palavras. João Paulo II, ao contrário, foi eleito ainda com 58 anos, permanecendo no Trono de Pedro por longos 27 anos. Chamava à atenção pelas suas palavras fortes e pela eloquência de seus gestos. Contudo, um e outro possuem um grande significado universal: o Papa Roncalli congregou a Igreja, espalhada por toda a Terra, na celebração do Concílio Ecumênico Vaticano II, expressão mais significativa da Unidade do Corpo Místico de Cristo dos últimos tempos. De modo diverso, mas com o mesmo objetivo e alcance, o Papa Wojtyla percorreu o mundo inteiro como pastor e peregrino, confirmando os irmãos na fé. Ambos, através de diferentes iniciativas, anunciaram a Verdade de Cristo e a alegria em pertencer à comunidade dos que creem.
A eleição deles foi causa de grande surpresa, pois não eram nomes de destaque no contexto eclesiástico. Não obstante, deixaram sua marca na Igreja, caracterizando-se pelo espírito de renovação com que guiaram o seu rebanho, procurando abrir as portas da grande comunidade e tornar possível o diálogo, não só com irmãos de outras confissões cristãs e de outras religiões, mas com todos aqueles que compunham os mais variados âmbitos da sociedade, do mundo moderno.
Tendo vivido tenebrosos períodos de guerra e enfrentado as duras consequências que ela causou, estes dois Santos que ora evidenciamos tornaram-se, a partir da experiência com Cristo, sensíveis aos sofrimentos e às necessidades da humanidade de seu tempo, convertendo-se assim em embaixadores da bondade e da misericórdia de um Deus que se fez Homem, amigo de todos os homens, e que pelo seu amor redime e salva a tantos quantos buscam o encontro com Ele.
Neste dia em que volvemos o nosso olhar a estes dois ícones de santidade, peçamos a sua intercessão para que nós, filhos da Igreja à qual eles tanto amaram, sejamos capazes de servir ao Senhor com fidelidade e alegria, testemunhando o Cristo e o seu amor por todos e por cada um dos homens.
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