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quarta-feira, 19 de março de 2014

José: o varão que Deus quis chamar de Pai!


"Quando a condescendência divina escolhe alguém para uma missão especial ou para um estado sublime, concede à pessoa escolhida todos os carismas que lhe são necessários para a sua realização. 
Eis quanto se realizou, sobretudo, no Grande São José". 

(São Bernardino de Sena, Discurso, Obra VII, 16)


O pouco que sabemos sobre São José deve-se às Sagradas Escrituras. Foi na própria anunciação quando pela primeira vez encontramos seu nome mencionado no evangelho, onde se diz que Maria estava noiva de um homem chamado José. Mais tarde - quando a Virgem já havia concebido - o evangelista Lucas afirma que o esposo não sabia deste fenômeno e, quando soube, queria abandoná-la. Depois que o Anjo apareceu-lhe em sonho ele tomou Maria em casamento e, tão logo, partiu para Belém, para o recenseamento, já que José era da casa de Davi.

O Menino nasceu no pobre e humilde ambiente de uma manjedoura. José percebendo que não havia lugar para eles em Israel parte para o exílio, no Egito. Retornando apenas a após a morte do feroz Herodes, autor do massacre dos inocentes. Quando deixam as inóspitas terras africanas eles se dirigem para a Galileia dos gentios, em Nazaré, onde Jose se fixa com o ofício de carpiteiro.

Destes anos obscuros do Redentor pouco sabemos. Através do evangelho de Lucas temos conhecimento que na altura dos treze anos o menino se perdeu no templo e foi encontrado por seus pais, quando estava em meio aos doutores da lei. A narrativa deste episódio encerra-se dizendo que Ele crescia em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens. Depois dissos os sinóticos se calam. As palavras humanas parecem pouco para descrever o ambiente e a vida familiar de José, de Maria e de seu Primogênito.

A fundadora dos focolares, Chiara Lubich, em Escritos Espirituais, diz: "na família de Nazaré, Maria certamente educava, mas, educava ouvindo a voz do Espírito Santo dentro dela, que estava em harmonia com o Filho de Deus, que estava diante dela. Educava também o seu filho obcecendo-lhe. Por outra parte, Jesus menino - ele era o guia da família de Nazaré, porque era Deus - estava também submisso a Maria e a José, como diz a Sagradas Escrituras. José, por sua vez, chefe da família aos olhos dos homens, pois era tido como pai de Jesus, pois Jesus lhe obedecia e poque Maria sem dúvida lhe terá obedecido, era ao mesmo tempo submisso a Deus e à Mãe de Deus. De tudo isso se vê que os três, de um ponto de vista, mandavam e os três, de um outro ponto de vista, obedeciam". 

Fato é que o próprio Deus escolheu a José para ser o verdadeiro varão que guiaria a Sua família. Cabe salientar que o Senhor não estabelece com José uma mera relação utilitarista, mas, um verdadeiro e sincero vínculo de paternidade e de fraternidade. A figura do homem para a família de Nazaré não é meramente uma convenção social, mas, fruto do desejo de Deus, que se personifica na pessoa de São José. Como diz o grande Doutor comum, Santo Tomas de Aquino, "José é ao mesmo tempo tanto pai de Cristo quanto esposo de Maria, não em virtude da união carnal, mas, do vínculo matrimonial". 

São José é, portanto, esposo casto de Maria e pai virgem de Jesus. Na sua pessoa estava a defesa de Maria Santíssima e a custódia do Divino Infante. Foi por este motivo que, em 1870,o Santo Padre o Papa Pio IX declarou São José como Patrono da Igreja Universal.

Hoje recorremos ao grande Patriarca da Família de Nazaré para que interceda pelo Santo Padre e por toda a Igreja Universal, afim que sejamos bem conduzidos pelas veredas deste mundo, rumo aos céus.

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