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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quo Vadis?

               “Nossa Fé é em Jesus Cristomas, porém, ela passa pelo Papa”.


          Em um momento onde parecem pairar sobre nós a dúvida e a incerteza, resta-nos a confiança de que a Igreja age pela ação do Paráclito. Ao sermos assaltados pela notícia da renúncia do Pontífice, Bento XVI, surge em nosso interior um sentimento de receio, ou ainda de desesperança. Porém, agora é à hora de praticarmos as propostas do Ano da Fé. É o momento para se praticar a Fé, confiando que a barca (Igreja) tem como timoneiro o próprio Deus, único Senhor da Messe.  

Devemos levar em conta, a nobreza de Bento XVI, ao reconhecer sua debilidade e suas muitas contribuições. “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18). O novo é sempre algo que nos surpreende e nos deixa, “sem chão”. Mas precisamos encarar este momento como algo legítimo. Para cada caso a Igreja possui as regras e normas a serem aplicadas, este ato de renúncia é canônico e previsto no Cânon 187 – “Qualquer um, cônscio de si, pode renunciar a um ofício eclesiástico por justa causa”. É algo inédito na era moderna, porém, válido.  

A nós fiéis católicos, colaboradores do Vigário de Cristo, resta elevarmos a Deus nossa prece de gratidão pelo pontificado deste zeloso Pastor e pedir que as luzes do Espírito Santo venham sobre a Igreja, reunida em Conclave, para a escolha de um novo Vigário de Cristo. Reconheçamos este gesto de humildade e coragem, de abnegação e fidelidade a Igreja de Jesus Cristo.  

Um momento como este, lembra-nos da obra literária (Quo vadis?) de Henryk Sienkiewicz, quando o Apóstolo Pedro fugindo de Roma, com medo da perseguição, se depara com Jesus que vai em direção a Roma, e Pedro pergunta: “Quo vadis, Domine?” (Aonde vais, Senhor?), e Jesus respondeu: “Eu vou morrer mais uma vez por ti!”.
Mediante o ocorrido somos remetidos a tal cena, e podemos imaginar algo semelhante às avessas. E quando se fechou as cortinas do balcão da Basílica vaticana, Jesus perguntou ao sucessor de Pedro: Quo Vadis, Petrus?


 Por Seminarista André Luiz Oliveira
Arquidiocese de Sorocaba/ SP

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