“Há
muitos por aí que se comportam como inimigos da Cruz de Cristo”.
Caríssimos irmãos e irmãs na fé,
Chegamos ao II domingo da
Quaresma, este santo itinerário de conversão nos apresenta na liturgia de hoje,
mais especificamente nas palavras do evangelho: o Senhor que convoca Pedro,
João e Tiago para subir ao monte e rezar.
O monte, a montanha é na
visão teológica o “lugar da manifestação”. E é para lá que o Senhor se retira.
Depois de ter rezado sua feição, seu rosto se transfigura e ao seu lado surgem
Moisés e Elias.
Nestes personagens
históricos, vemos que a revelação e a oração de Cristo Jesus estão baseadas na
lei e nos profetas, como nos diz o Prefácio deste solene domingo: “Tendo
predito aos discípulos a própria morte, Jesus lhes mostra, na montanha sagrada,
todo o seu esplendor. E com o testemunho da Lei e dos Profetas, simbolizados em
Moisés e Elias, nos ensina que, pela Paixão na Cruz, chegará à glória da ressurreição”.
Ao ter com essa visão Pedro,
a rocha, admirado exclama: “Mestre, é bom estarmos aqui”. E a quaresma é este
período em que devemos nos encontrar com o Senhor. Somos convocados a aumentar
nossa intimidade com ele. A visita-lo no sacrário, a ter com ele nas Sagradas
Escrituras e na celebração dos sacramentos. A encontra-lo por meio das diversas
práticas de piedade, mas, sobretudo pelo exercício milenar do jejum, da
penitência e da caridade.
Se vivemos íntimos com
Senhor, se temos uma fé enraizada em Cristo diremos: É bom estarmos aqui. É bom
contigo estar, Senhor. Mesmo nos momentos de dificuldade, nos momentos de dor,
de aridez, de desânimo... É bom aqui estar! Pois o Senhor é nossa força, o
Senhor é nossa luz e salvação, como canta o salmista.
Mas na quaresma não há
melhor lugar para estar –mais santo, mais íntimo, mais profundo- que aos pés da
Cruz. Os homens e as mulheres desta terra se comportam e vivem contrários a
cruz de Cristo, alerta São Paulo. Todavia, nós devemos encontrar na Cruz de
Cristo, um manancial, uma fonte de vida que nos anima e nos dá ânimo para viver
a fé e construir um mundo mais humano e cristão.
Para o mundo a cruz é sinal
de contradição, mas, para nós é elemento de salvação! Só aquele que se põem aos
pés da Cruz e do Crucificado encontrará o verdadeiro e real caminho de
santificação. Este caminho é tortuoso e ardo, mas, é um caminho de amor.
E quando nos colocarmos aos pés da Cruz, encontraremos lá a Mãe de Deus e nossa. Ela está junto de nós e nos ensina a encontrar em Cristo a razão de nossa vida, a alegria de nossa existência e a força para a santificação.
Que a Virgem Santíssima nos inspire a viver com intensidade essa quaresma!
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