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terça-feira, 1 de abril de 2014

Anchieta: uma canonização equipolente

Depois de 416 anos de sua morte acontece amanhã às 14 horas no horário de Roma, 09 horas no horário de Brasília, a canonização do Beato José de Anchieta, Apóstolo da evangelização na Terra de Santa Cruz.


O Papa João Paulo II - que será proclamado santo em 24 de abril - o canonizou em 22 de junho de 1980, na Praça de São Pedro. Amanhã Anchieta será inscrito no rol dos santos pelo Papa Francisco através da “canonização equipolente ou equivalente”.

O processo de canonização equipolente acontece quando o Santo Padre alarga a toda a Igreja o preceito do culto de um servo de Deus que ainda não foi canonizado, mediante a inserção da sua festa litúrgica, com missa e ofício, no Calendário da Igreja universal. 

A assinatura deste decreto da canonização acontece de maneira simples e privada, não com a solenidade e a fórmula das canonizações habituais. Para a canonização equipolente são necessários três requisitos: prova do culto antigo ao candidato servo de Deus, atestado incontestável da fé católica e das virtudes do candidato e a fama ininterrupta de milagres intermediados pelo candidato.


Quando a veneração do santo já está bem estabelecida nas tradições da Igreja, porém, por diversos motivos o processo formal de canonização não foi concluído pode-se apelar a canonização equipolente. Ao longo da história muitos são os exemplos de santos, canonizados mediante o processo equipolente, entre eles, Bruno, Margarete da Escócia, Estevão da Hungria, Wenceslaus de Boêmia e Gregório VII. Em 2012 Bento XVI fez uso deste processo ao declarar Santa a Hildegard Von Bingen, por ele também instituída doutora da Igreja.

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