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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Carmelengo

O título camerlengo (latim Camerarius) refere-se a um oficial da Corte Papal, podendo ser tanto da Igreja Católica quanto do Colégio dos Cardeais, ou ainda vários outros menos importantes.

O Camerlengo da Igreja Católica é o administrador da propriedade e receita da Santa Sé; suas responsabilidades incluíam a administração fiscal do Patrimônio de São Pedro. O Camerlengo é, geralmente, um Cardeal da Igreja Católica (e, conseqüentemente, também um homem de dignidade episcopal). Entretanto, apesar de raro, é possível que um presbítero sirva como Camerlengo. Seu brasão é ornamentado com duas chaves, sendo uma prateada outra dourada, sobrepostas por um ombrellino, um guarda-chuva de listras alternantes vermelhas e brancas, que também é o brasão da Sede Vacante (tempo entre a morte de um papa e a eleição de outro).




A maior responsabilidade do Camerlengo é a determinação formal da morte do Papa; o procedimento tradicional para essa situação se dava batendo gentilmente um martelo de prata na cabeça do Papa e chamando o seu nome. Após o Papa ser declarado morto, o Camerlengo remove o Anel do Pescador do seu dedo e o corta com uma grande tesoura na presença dos Cardeais, e também destrói a face do selo do Papa com o Martelo de Prata. Esse ato simboliza o fim da autoridade do último Papa. o Camerlengo notifica então os oficias apropriados da Cúria Romana e o Decano do Colégio dos Cardeais. Depois, ele começa os preparativos para o Conclave e o funeral do Papa.


Até que o sucessor do Papa seja escolhido, o Camerlengo serve como o Chefe de Estado atuante do Vaticano. Ele não é entretanto, responsável pelo governo da Igreja Católica durante a sede vacante. A Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis colocou essa tarefa na mão do colégio dos cardeais - apesar desse poder governamental ser extramente restrito, possibilitando apenas que a Igreja continue operando e realizando funções básicas, sem poder tomar decisões ou compromissos que são normalmente delegados apenas ao Papa. O Camerlengo, ainda assim, mantém seu escritório durante a sede vacante, ao contrário do resto da Cúria Romana


O Camerlengo actual é o Secretária de Estado de Sua Santidade Sua Eminência Tarcisio Cardeal Bertone, Cardeal Presbítero do título de Santa Maria Auxiliadora na Via Tusculana nomeado pelo Papa Bento XVI em 4 de Abril de 2007.

O MITROPOLITA KIRILL ELEITO PARA NOVO PATRIARCA


O Concílio Geral elegeu o metropolita de Snmolensk e de Kalinengrado e Guardião do trono patriarcal Kirill para o novo Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa através da votação secreta. Votaram 700 delegados em representação de 64 países.

A eleição do novo Patriarca foi anunciada pelo toque de sinos da Catedral de Cristo Salvador onde decorreu a votação. A votação não teve incidentes inesperados contra os quais advertiram alguns prelados do patriarcado de Moscovo. A única surpresa foi a de que o terceiro candidato a Patriarca, o metropolita de Minsk e de Slutsk, Filaret, retirou o seu nome da lista de candidatos a favor do metropolita Kirill. Por esta razão, concorreram à eleição apenas dois candidatos: o metropolita de Smolensk e de Kaliningrado Kirill e o metropolita de Kaluga e de Borovsk Kliment. O metropolita Kirill foi eleito pela maioria dos votos (com 508 votos favoráveis dos 677 boletins de voto) já na primeira volta. Pouco antes de serem anunciados os resultados da votação, aconteceu um milagre: o ícone «A suavização dos corações maliciosos” instalada na Catedral começou a deitar santos óleos. A bem da verdade, muito antes das eleições, o metropolita Kirill, designado, após o falecimento de Alexi II, a 5 de Dezembro de 2008, para Guardião do trono patriarcal, reunia as maiores hipóteses para ser eleito Patriarca. Antes de assumir o cargo de Patriarca, o metropolita Kirill já havia traçado claramente os caminhos a seguir pela Igreja Ortodoxa Russa nos próximos anos.

- Tudo o que fazemos terá como base uma sólida pedra da santa fé ortodoxa. O São Filaret, metropolita de Moscovo, exortou os cristãos a “lembrarem” e a materializarem em actos concretos a lembrança de que os apóstolos e os antigos Doutores da Igreja construíram e divulgaram a Igreja, destruindo a amontoação de heresias e não por força das leis externas do mundo pagão, antes por força da firme crença, amor e autosacrifício”. A fidelidade aos mandamentos de Cristo, a firmeza na profissão da verdadeira fé, a preservação das normas da Tradição Sagrada, cujo sentido reside em que o espírito evangélico esteja entre nós presente — que tudo isso se concretiza necessariamente na nossa Igreja, mesmo até ao fim do mundo. O seu nome é muito bem conhecido não só na Rússia, como também no resto do mundo. Chefe do Departamento de Relações Exteriores, começou a sua subida eclesiástica em 1965, ano em que o jovem cartógrafo Vladimir Gundiaev se matriculou no Seminário de Leninegrado. Quatro anos depois, foi tonsurado monge e adoptou o nome Kirill. Doutor em teologia, representante da Igreja Ortodoxa Russa junto ao Conselho Mundial de Igrejas, em Genebra, político previdente e excelente orador, ele participou em muitas conferências interconfissionais e outras iniciativas internacionais. O metropolita Kirill é um dos participantes activos da reunificação da Igreja Ortodoxa Russa e da Igreja Russa no estrangeiro que assinaram a acta de contactos canónicos em Maio de 2007.

Durante o seu ofício episcopal, o metropolita Kirill visitou quase todas as dioceses da Igreja ortodoxa em todo o mundo, tendo contribuído assim para a reunificação das comunidades russas no estrangeiro na religião ortodoxa. Juntamente com o Patriarca anterior Alexi II, o metropolita Kirill defendeu a evolução do diálogo da Igreja Ortodoxa Russa com as demais confissões e religiões da Rússia e do resto do mundo. O Patriarca recém-eleito teve vários encontros com o Sumo Pontífice da Igreja Católica Romana o papa Bento XVI. Os temas que pautaram todos os encontros foram complicados e são comuns às duas Igrejas e aos seus fieis. A tomada de posse (a entronização) terá lugar no dia primeiro de Fevereiro na Catedral de Cristo Salvador.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Os Irmãos Lassalistas (de La Salle)



O Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, FSC, Fratum Scholarum Christianorum (mais conhecidos em alguns locais como Irmãos de La Salle ou Irmãos Lassalistas) é uma congregação religiosa de monges laicos fundada por São João Batista de La Salle.

Não formam uma ordem religiosa tradicional e se encontram dentro da Igreja Católica no espaço da vida consagrada. Este instituto foi aprovado pela Santa Sé como uma congregação religiosa em 26 de Janeiro de 1725 pelo Papa Bento XIII. A congregação reúne cerca de 7.100 irmãos e educa aproximadamente um milhão de alunos em mais de 85 países.

É a única associação religiosa que obteve sua permissão por intermédio de uma Bula Papal, pelo motivo de ser uma congregação muito diferente das demais existentes e seu fim é a educação da infância à juventude. Anteriormente à aprovação papal, obteve as Letras Patentes em 28 de Setembro de 1824, outorgadas pelo Rei francês Luís XV, as quais lhe permitiram sua posterior adaptação na Santa Sé.

Seu atual Superior Geral é o Irmão Álvaro Rodríguez Echeverría.(foto)

No Brasil, os Lassalistas estão presentes desde 1907, quando fundaram a sua primeira escola para os filhos dos operários que residiam no bairro Navegantes, em Porto Alegre. São hoje, mais de 200 Irmãos e 2500 educadores, em 43 Comunidades Educativas, que atendem mais de 50 mil crianças, jovens e adultos, em 11 estados brasileiros
Atualmente, o ministério dos Irmãos se desenvolve junto a uns 60.000 colaboradores seculares e mais de 750.000 alunos em 85 países.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Santa Inês, Virgem e Mártir


Pelo Fogo do amor divinal
Santa Inés o prazer superou
e mais forte que as vozes do corpo,
a pureza em seu ser triunfou.
*
Coros de anjos recebem-lhe o espírito,
e o elevam mais alto que os céus.
A esposa se une ao esposo
no pálacio sagrado de Deus.
*
Santa virgem, de nós tem piedade
e obtém-nos da culpa o perdão.
Aos que a tua vitória celebram
queria Deus concerder salvação.
*
Torna o Cristo Senhor compassivo
ao seu povo, por ele remido.
Dá-nos paz, numa vida tranquila,
e conserva os fiéis sempre unidos.
*
Celebramos o manso Cordeiro
que Inês como esposo escolheu.
Glória Àquela que a terra dirige
e governa as estrelas do céu.
Entre as heroínas da Igreja primitiva, que derramaram o sangue em testemunho da fé é Santa Inês aquela a que os Santos Doutores da Igreja tecem os maiores elogios. São Jerônimo, em referência a esta santa, escreve: “Todos os povos são unânimes em louvar Santa Inês, porque vencendo a fraqueza da idade e o tirano, coroou a virgindade com a morte do martírio”. De modo semelhante se exprimem Santo Ambrósio e Santo Agostinho. Com Maria Santíssima e Santa Tecla, Santa Inês é invocada para obter-se a virtude da pureza.

Inês nasceu em Roma, descendente de família nobre. Logo que soube avaliar a excelência da pureza virginal, ofereceu-a a Deus, num santo voto. A riqueza, formosura e nobre origem de Inês fizeram com que diversos jovens, de famílias importantes de Roma a pedissem em casamento. A todos Inês respondia que seu coração já pertencia a um esposo invisível a olhos humanos. Do amor ao ódio é só um passo.

As declarações de amizade e afeto dos pretendentes seguiu-se a denúncia, que arrastou a donzela ao tribunal, para defender-se contra a acusação de ser cristã. A maneira por que o juiz a tratou para conseguir que abandonasse a religião, obedeceu ao programa costumeiro em tais ocasiões: elogios, desculpas, galanteios e promessas. Experimentada a ineficácia destes recursos, entravam em cena, imposições, ameaças, insultos, brutalidades. O juiz fez a Inês saborear todos os recursos da força inquisitorial da justiça romana.

Inês não se perturbou. Mesmo quando lhe mostraram os instrumentos de tortura, cujo simples aspecto era bastante para causar espanto ao homem mais forte, Inês os olhou com indiferença e desprezo. Arrastada com bruteza ao lugar onde se achavam imagens de deuses e intimada a queimar incenso, a donzela levantou as mãos puríssimas ao céu, para fazer o sinal da cruz. No auge do furor, vendo baldados todos os esforços e posta a ridículo sua autoridade, o juiz teve uma inspiração diabólica: de mandar a donzela a uma casa de pecado. Inês respondeu-lhe: “Jesus Cristo vela sobre a pureza de sua esposa e não permitirá que lh’a roubem. Ele é meu defensor e abrigo. Podes derramar o meu sangue. Nunca, porém, conseguirás profanar o meu corpo, que é consagrado a Jesus Cristo”.

A ordem do juiz foi executada e daí a pouco Inês se achava no lugar da prostituição. Dos diversos rapazes que lá estavam, só um teve o atrevimento de aproximar-se de Inês, com malignos intuitos. No momento, porém, em que ia estender a mão contra ela, caiu por terra , como fulminado por um raio. Os companheiros, tomados por um grande pavor, tiraram o corpo do infeliz e levaram-no para outro lugar. Não estava morto, como todos supuseram no primeiro momento, mas aos olhos faltou-lhes a luz. Inês rezou sobre ele e a cegueira desapareceu.

O juiz, profundamente humilhado com esta inesperada vitória da Santa, deu ordem para que fosse decapitada.

Ao ouvir esta sentença, a alma de Inês encheu-se de júbilo. Maior não podia ser a satisfação e a alegria da jovem noiva, ao ver aproximar-se o dia das núpcias, que o prazer que Inês experimentou, quando ouviu dos lábios do juiz o convite para as núpcias eternas com Jesus Cristo, seu celeste esposo. O algoz tinha recebido ordem para, antes de executar a sentença de morte, convidar a Inês para prestar obediência à intimação do juiz. Feito pela última vez Inês com firmeza o rejeitou. Ajoelhando-se, inclinou a cabeça, ao que parecia para prestar a Deus a última adoração aqui na terra, quando a espada do algoz lhe deu o golpe de morte. Os circunstantes, vendo este triste e ao mesmo tempo grandioso espetáculo, soluçavam alto.

Santa Inês completou o martírio aos 21 de janeiro de 304 ou 305. tendo apenas a idade de 13 anos. No tempo do imperador Constantino foi construída em Roma uma Igreja dedicada à gloriosa mártir.

Santa Inês é padroeira das Filhas de Maria, por causa da sua pureza Angélica. Os jardineiros também a veneram como padroeira, por ser o modelo perfeito da pureza, como Maria Santíssima, que é chamada “hortus conclusus”, horto fechado. É padroeira dos noivos, por ter-se chamado esposa de Cristo. Do nome Inês há duas interpretações, a grega e a latina. Inês em grego é Hagne, isto é, pura; em latim, agna significa cordeirinho. Na Igreja latina prevaleceu esta interpretação. Dois dias depois da sua morte, a mártir apareceu a seus pais, acompanhada de um grupo de virgens, tendo ao seu lado um cordeirinho. Santo Agostinho admitia as duas interpretações. “Inês, diz ele, significa em latim um cordeirinho e em grego, a pura”. – No dia da festa desta Santa, na sua igreja em Roma são apresentados e bentos cordeirinhos, de cuja lã são confeccionados os “palliums” dos Arcebispos


Bento XVI abençoa os dois cordeiros de Santa Agnes, cuja lã serão feitos os pálios + Basílica de Santa Inês em Roma +


Admirável em Santa Inês é a fidelidade com que guardou o voto de castidade. Pessoas há que pressurosas fazem promessas, principalmente quando se acham em dificuldades e tribulações.Com a mesma facilidade delas se esquecem ou pouco empenho fazem em cumprir o que a Deus prometeram. Com a facilidade com que prometem, pedem ao confessor comutação ou dispensa. Ninguém é obrigado a fazer promessas. Deve antes pensar, se lhe convém tomar tal compromisso e se estará em condições de solvê-lo. Melhor é nada prometer, do que não cumprir o que se prometeu. “Quando tiveres feito algum voto ao Senhor teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o Senhor teu Deus te pedirá conta dele e se te demorares, ser-te-á imputado o pecado”. (Deut. 23, 21). “Se fizeste algum voto a Deus, trata de cumpri-lo logo; porque é desgraçada a promessa infiel e imprudente; mas cumpre tudo o que tiveres prometido. Muito melhor é não fazer voto algum, do que depois de o fazer, não cumprir o prometido”. (Ecl. 5).


Santa Inês defendeu heroicamente a virtude da pureza e Deus protegeu-a visivelmente. O impuro experimentará a ira de Deus. Sirva este aviso para afastar-te da impureza.


Santa Inês preferiu a morte ao pecado e não ligou importância nem a ameaças, nem a promessas. Se queres conservar a virtude da pureza, fecha os ouvidos às vozes acariciadoras do mundo e foge das ocasiões. Onde estaria Santa Inês, se não tivesse heroicamente resistido à tentação? Onde estarás na eternidade, se não imitares o exemplo desta gloriosa virgem e não desprezares firmemente os incitamentos do tentador? Combate o bom combate da fé e trabalha para conquistar a vida eterna”.(I. Tim. 6, 12)

sábado, 17 de janeiro de 2009

Cardeal Cañizares, Prefeito da Congregação para Culto Divino


Substitui o Cardeal Francis Arinze

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 9 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI nomeou o cardeal Antonio Añizares Llovera, até agora arcebispo de Toledo e primaz da Espanha, como prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, segundo informou nesta terça-feira a Sala de Imprensa da Santa Sé.

O purpurado substitui o cardeal nigeriano Francis Arinze, que completou 76 anos e apresentou renúncia ao Papa por razões de idade.

Segundo a constituição apostólica Pastor Bonus, a congregação para o Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos «trata do que – salvo a competência da Congregação para a Doutrina da Fé – corresponde à Sé Apostólica com relação à ordenação e promoção da sagrada liturgia, em primeiro lugar dos sacramentos».

O artigo 63 estabelece que o dicastério vaticano «fomenta e tuteta a disciplina dos sacramentos, especialmente no referente à sua celebração válida e lícita; também concede os indultos e dispensas que não entram nas faculdades dos bispos diocesanos sobre esta matéria».

A Congregação promove «a ação pastoral litúrgica, de modo especial no que se refere à celebração da Eucaristia; assiste os bispos diocesanos, para que os fiéis cristãos participem cada vez mais ativamente da sagrada liturgia».

«Provê a elaboração e correção dos textos litúrgicos: revisa e aprova os calendários particulares e os próprios das Missas e dos ofícios das Igrejas particulares, assim como os dos institutos que gozam desse direito», acrescenta.

Desta forma, «revisa as traduções dos livros litúrgicos e suas adaptações, preparadas legitimamente pelas Conferências Episcopais».

Outra de suas funções consiste em apoiar as «comissões ou os institutos criados para promover o apostolado litúrgico, a música, o canto ou a arte sacra, e mantém relações com eles; erige, a teor do direito, as associações deste tipo que têm caráter internacional, ou aprova e revisa seus estatutos; finalmente, promove congressos inter-regionais para fomentar a vida litúrgica».

Segundo esta normativa, «vigia atentamente para que se observem com exatidão as disposições litúrgicas, prevejam seus abusos e os erradiquem onde se encontrarem».

Corresponde a esta Congregação «examinar o fato da inconsumação do matrimônio e a existência de causa justa para conceder a dispensa. Assim, pois, recebe todas as atas junto com o parecer do bispo e os alegados do defensor do vínculo: pondera-as atentamente, segundo um procedimento especial e, quando se dá o caso, submete ao Sumo Pontífice a petição para obter a dispensa».

«Corresponde-lhe também examinar, segundo a norma do direito, as causas de nulidade da sagrada ordenação», indica a constituição apostólica.

«Compete-lhe o culto das sagradas relíquias, a confirmação dos padroeiros celestiais e a concessão do título de basílica menor.»

O cardeal Cañizares Llovera, arcebispo de Toledo desde 2002, nasceu na localidade valenciana de Utiel, em 15 de outubro de 1945. Cursou os estudos eclesiásticos no Seminário diocesano de Valência e na Universidade Pontifícia de Salamanca, na qual obteve o doutorado em Teologia, com especialidade em Catequética. Foi ordenado sacerdote em 21 de junho de 1970.

Ele viveu os primeiros anos de seu ministério sacerdotal em Valência. Depois se trasladou a Madri, onde se dedicou especialmente à docência. Foi professor de Teologia da Palavra na Universidade Pontifícia de Salamanca, entre 1972 e 1992; e professor, desde 1975, no Instituto Superior de Ciências Religiosas e Catequese, do qual também foi diretor, entre 1978 e 1986. Nesse ano, o Instituto passou a denominar-se «São Dâmaso» e o cardeal Cañizares continuou sendo seu máximo responsável, até 1992. Também foi diretor do secretariado da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da Conferência Episcopal Espanhola.

Foi nomeado bispo de Ávila em 6 de março de 1992. Recebeu a ordenação episcopal em 25 de abril desse mesmo ano. Em 1º de fevereiro de 1997, tomou posse da diocese de Cartagena. Em 24 de outubro de 2002, foi nomeado arcebispo de Toledo, sede da qual tomou posse em 15 de dezembro desse mesmo ano. Foi criado cardeal pelo Papa Bento XVI no primeiro consistório de seu pontificado, em 24 de março de 2006.

Na Conferência Episcopal Espanhola (CEE), foi vice-presidente (2005-2008), membro do Comitê Executivo (2005-2008), membro da Comissão Permanente (1999-2008), presidente da Subcomissão Episcopal de Universidades (1996-1999) e da Comissão Episcopal de Ensino e Catequese (1999-2005).

O Papa João Paulo II o nomeou membro da Congregação para a Doutrina da Fé em 10 de novembro de 1995. Em 6 de maio de 2006, o Papa Bento XVI lhe designou esta mesma Congregação, já como cardeal. Também como cardeal, o Papa o nomeou, em 8 de abril de 2006, membro da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei.

O cardeal Cañizares foi fundador e primeiro presidente da Associação Espanhola de Catequese, membro da Equipe Européia de Catequese e diretor da revistaTeologia e Catequese.

É membro da Real Academia de História desde 24 de fevereiro de 2008.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Dança Litúrgica, Sim ou Não?

A Dança Litúrgica”

Algumas pessoas querem introduzir na sagrada liturgia. A liturgia do rito Latino nunca possui tal prática. Nós temos, portanto, que perguntar quem quer trazer a dança para comprovar o motivo pelo qual eles querem introduzi-la.

Se nós dizemos que a razão é tornar a Missa interessante, a resposta é aquela que acabamos de considerar. Nós vamos à Missa para cultuar a Deus, não para ver um espectáculo. Nós temos o salão paroquial e o teatro para shows.

Outros podem dizer que é bem-vinda alguma dança para expressar plenamente nossa oração, pois nós somos corpo e alma. Aresposta é que a liturgia, de fato, aprecia gestos e posturas corporais, e cuidadosamente incorporou muitos deles como ficar de pé, ajoelhar, genufletir, cantar e dar o sinal da paz. Mas o rito Latino não inclui a dança.

Não é fácil para dançarinos não chamar atenção para si. Apesar de algumas danças muito requintidas em algumas culturas poderem ajudar a elevar a mente, não é verdade que, para muitas pessoas, as danças são uma distração, em vez de ajuda à oração?

Danças facilmente apelam aos sentidos e tendem a insistir na necessidade da aprovação, diversçao, desejo de repetição, e à premiação dos artistas com aplausos da platéia. É para experimentar isso que vamos à Missa? Nós não temos teatros e salões paroquiais, presumindo que a dança em questão é aceitável, que podem lugar para elas?

O rito oriental Etíope possui conhecidos movimentos rítmicos graciosos e procissão para o Evangelho. O Rito Romano da Missa aprovado para República Demócratica do Congo possui movimentos de entrada similares.

Mas isso é muito diferente do que as pessoas na europa ou América do sul e do Norte pensam quando o conceiro de dança é evocado. Os livros litúrgicos aprovados pelos Bispos e pela Santa Sé para a Europa e Americas compreensivelmenre não autorizam a importação da dança para a igreja, deixando apenas a celebração do Sacrificio Eucarístico. (Boletim oficial da Congregação para o culto divino e disciplina dos Sacramentos: Notitiae 106-107, june-july,pp. 202-205).

Autor: Cardeal Francis Arinze (ex Prefeito para Congregação para a Liturgia) ano 2005.

Dom Alano no I Congresso Desperta Jovem