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sábado, 28 de junho de 2014

O Pálio Pastoral e os Metropolitas


29 de junho, Festa de São Pedro e de São Paulo, o Santo Padre o Papa Francisco entregará o Pálio Pastoral a todos os Arcebispos Metropolitanos que foram nomeados no último ano, entre eles está o Arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, OFM e o de Pouso Alegre, Dom José Luiz Majella Delgado, CSsR.



Spengler, que é o mais jovem Arcebispo do Brasil com 53 anos, tomou posse da Arquidiocese de Porto Alegre em 15 de novembro de 2013, em celebração realizada na Catedral Metropolitana Madre de Deus.

Oriundo da Ordem dos Frades Menores (OFM) era desde março de 2012, quando foi ordenado, era Bispo-Titular de Patara e Auxiliar da Sé gaúcha. Sua sucessão a Dom Dadeus Grings, o antigo metropolitana, aconteceu dois anos após a renúncia do velho prelado.

Seu lema episcopal é "In cruce gloriare" - Gloriar-se na Cruz.








Dom Majella Delgado nasceu em Juiz de Fora e tem 60 anos de idade.

Ainda criança fez-se religioso na Congregação do Santíssimo Redentor, os redentoristas. Foi ordenado sacerdote em março de 1981.

Em dezembro de 2009 o Papa-Emérito Bento XVI o nomeou Bispo da Diocese goiana de Jataí, ainda vacante. Sua sagração episcopal se deu em 27 de fevereiro de 2010. 

Em 28 de maio foi nomeado para a Sé Metropolitana de Pouso Alegre, Minas Gerais. Atualmente é também o Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB.

Seu lema episcoal é: “Servir por amor”.


O pálio é uma insígnia de lã branca, de 05 centímetros de largura e formada por dois apêndices, que comporta em si 06 pequenas cruzes bordadas em lã preta. A história desta antiga indumentária remonta ao Império Romano, mas, sua estrutural atual em forma de “Y” já poderia ser observada em representações do século VIII.

O pálio que é entregue aos Arcebispos Metropolitanos, ou seja, aqueles que possuem e estão à frente de uma diocese, quer representar a unidade dos bispos, espalhados nos cinco continentes, com o sucessor de Pedro, o Papa.

O pálio, feito da lã, quer também indicar a missão do Arcebispo como pastor, que carrega em seus ombros o rebanho a ele confiado, a ovelha ferida e desgarrada que é conduzida sob os ombros a exemplo de Jesus, que é sumo sacerdote e bom pastor.


















Segundo uma antiga tradição no dia 21 de janeiro, quando celebra-se Santa Inês (que em latim se escreve Agnes e significa cordeiro) o Papa dá a bênção a duas pequenas ovelhas que são entregues a uma grupo de religiosas beneditinas residentes ao mosteiro de Santa Cecilia in Trastevere, cuja abadessa presencia a bênção. Lá as ovelhas são tosquiadas e se procede a tecelagem para a confecção dos novos pálios.















Depois de prontos, no dia 24 de junho, na festa de São João Batista aquele que anunciou o Cordeiro de Deus, os pálios são colocados em uma urna que é depositada sob a tumba de São Pedro, tornando-se assim uma relíquia de terceiro grau. Lá as insígnias permanecerão até a missa da manhã do dia 29 de junho quando o Papa imporá o pálio a todos os Arcebispos Metropolitanos, que são Bispos Diocesanos espalhados por todo mundo.



Depois da entrega os bispos retornam as suas dioceses portando o pálio pastoral. Ele será utilizado nas celebrações litúrgicas – como a Santa Missa – dentro de qualquer diocese de sua circunscrição eclesiástica, ou seja, da sua Arquidiocese e das Diocese que possui como suas sufragâneas e sob as quais ele exerce o papel de referência da comunhão com a Igreja Católica, na sua união com o Bispo de Roma, que é o Papa. (Cânon 437 § 2º do CDC)


No caso de renúncia o Arcebispo passa a não fazer mais uso do pálio. No caso de transferência ele pedirá ao Santo Padre um novo pálio, que lhe será novamente entregue. Todos os Arcebispos Metropolitanos, mais o Patriarca Latino de Jerusalém e o Decano do Colégio de Cardeais possuem o direito de portar o pálio.


Na América, na África, na Ásia, na Oceania e na Europa – em todos os cantos do mundo – o pálio é o sinal da unidade com Pedro, que nos governa na caridade. O Bispo, como pai e pastor, nos conduz como ovelhas em seus ombros. Portanto, o pálio não é uma simples indumentária ou uma condecoração, mas, é um sinal claro e visível do nosso desejo sempre crescente de formar unidade e criar comunidade em Cristo Jesus.



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