O Concílio Geral elegeu o metropolita de Snmolensk e de Kalinengrado e Guardião do trono patriarcal Kirill para o novo Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa através da votação secreta. Votaram 700 delegados em representação de 64 países.
A eleição do novo Patriarca foi anunciada pelo toque de sinos da Catedral de Cristo Salvador onde decorreu a votação. A votação não teve incidentes inesperados contra os quais advertiram alguns prelados do patriarcado de Moscovo. A única surpresa foi a de que o terceiro candidato a Patriarca, o metropolita de Minsk e de Slutsk, Filaret, retirou o seu nome da lista de candidatos a favor do metropolita Kirill. Por esta razão, concorreram à eleição apenas dois candidatos: o metropolita de Smolensk e de Kaliningrado Kirill e o metropolita de Kaluga e de Borovsk Kliment. O metropolita Kirill foi eleito pela maioria dos votos (com 508 votos favoráveis dos 677 boletins de voto) já na primeira volta. Pouco antes de serem anunciados os resultados da votação, aconteceu um milagre: o ícone «A suavização dos corações maliciosos” instalada na Catedral começou a deitar santos óleos. A bem da verdade, muito antes das eleições, o metropolita Kirill, designado, após o falecimento de Alexi II, a 5 de Dezembro de 2008, para Guardião do trono patriarcal, reunia as maiores hipóteses para ser eleito Patriarca. Antes de assumir o cargo de Patriarca, o metropolita Kirill já havia traçado claramente os caminhos a seguir pela Igreja Ortodoxa Russa nos próximos anos.
- Tudo o que fazemos terá como base uma sólida pedra da santa fé ortodoxa. O São Filaret, metropolita de Moscovo, exortou os cristãos a “lembrarem” e a materializarem em actos concretos a lembrança de que os apóstolos e os antigos Doutores da Igreja construíram e divulgaram a Igreja, destruindo a amontoação de heresias e não por força das leis externas do mundo pagão, antes por força da firme crença, amor e autosacrifício”. A fidelidade aos mandamentos de Cristo, a firmeza na profissão da verdadeira fé, a preservação das normas da Tradição Sagrada, cujo sentido reside em que o espírito evangélico esteja entre nós presente — que tudo isso se concretiza necessariamente na nossa Igreja, mesmo até ao fim do mundo. O seu nome é muito bem conhecido não só na Rússia, como também no resto do mundo. Chefe do Departamento de Relações Exteriores, começou a sua subida eclesiástica em 1965, ano em que o jovem cartógrafo Vladimir Gundiaev se matriculou no Seminário de Leninegrado. Quatro anos depois, foi tonsurado monge e adoptou o nome Kirill. Doutor em teologia, representante da Igreja Ortodoxa Russa junto ao Conselho Mundial de Igrejas, em Genebra, político previdente e excelente orador, ele participou em muitas conferências interconfissionais e outras iniciativas internacionais. O metropolita Kirill é um dos participantes activos da reunificação da Igreja Ortodoxa Russa e da Igreja Russa no estrangeiro que assinaram a acta de contactos canónicos em Maio de 2007.
Durante o seu ofício episcopal, o metropolita Kirill visitou quase todas as dioceses da Igreja ortodoxa em todo o mundo, tendo contribuído assim para a reunificação das comunidades russas no estrangeiro na religião ortodoxa. Juntamente com o Patriarca anterior Alexi II, o metropolita Kirill defendeu a evolução do diálogo da Igreja Ortodoxa Russa com as demais confissões e religiões da Rússia e do resto do mundo. O Patriarca recém-eleito teve vários encontros com o Sumo Pontífice da Igreja Católica Romana o papa Bento XVI. Os temas que pautaram todos os encontros foram complicados e são comuns às duas Igrejas e aos seus fieis. A tomada de posse (a entronização) terá lugar no dia primeiro de Fevereiro na Catedral de Cristo Salvador.
Um comentário:
caros irmãos o site de vocês é ótimo
porem venho relatar um erro corriqueiro de digitação no titulo da matéria metropolita
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