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domingo, 3 de fevereiro de 2013

E eis que surge a morte!



Completou-se uma semana da tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O incêndio que aconteceu na boate kiss e ceifou duzentas e trinta e sete vidas de nosso meio ficará gravado em nossas recordações, como sendo um acontecimento infeliz.

O amanhecer daquele domingo trouxe junto da aurora de um novo dia, a sombra escura da morte que cobriu nosso estado, que cobriu o nosso amado país. As notícias chegavam e a cada instante o número de mortos crescia, e ainda cresce. Não há como não sentir-se consternado frente a esta brutalidade.

A irmã morte veio nos visitar e tirou de nosso convívio jovens, repletos de esperança, de sonhos, de desejos. A morte parece ter nos arrancado o presente, mas também o futuro.
Frente ao evento da morte nos sentimos frustrados, impotentes, fracos! Nosso olhar –como cristãos- deve, nesta hora, voltar-se para a Cruz de Cristo e dela devemos tirar forças para continuar nossa caminhada terrena, em busca da perene alegria, que é o céu.

Deste acontecimento lamentável tiramos a lição que a morte não marca horário, que a morte não dá prévia! Ela bate a nossa porta, mais cedo ou mais tarde.

O homem pós-moderno, laicizado, tem certo receio de falar da morte ou da dor. Seu hedonismo não permite abordar com franqueza esses eventos corriqueiros. Por isso, dizer que a morte é uma das poucas certezas de nossa existência humana significa afirmar uma loucura!

Para o católico fiel, a morte deve ser aguardada como um último suspiro na terra. Sua passagem será considerada “um trânsito” para junto do Pai.

Temê-la não se faz necessário visto que, devemos viver como homens e mulheres que tem olhos fixos na Redenção, na salvação e na santificação, que nada mais é que o coroamento de nossa existência.

O céu é a coroa dada pelo justo juiz, que tendo combatido o bom combate e guardado a fé agora aguarda para comtemplar a face de Deus Pai.

Por isso, queridos irmãos, não temeremos a morte se a vida for vivida plenamente. Com intensidade santa, com ardor apostólico, com ânimo vibrante, com amor fulminante. Como diz o Filósofo Soren Kierkegaard: “O instante é o momento do toque da eternidade no tempo”. Vivamos bem o hoje, o agora... E o amanhã será colocado nas mãos do Justo Juiz. 

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